
Defensivos agrícolas são um perigo? O que a ciência mostra?
Nutrição do dia a diaQuando se fala em defensivos agrícolas, popularmente conhecidos como agrotóxicos, é inevitável surgirem polêmicas. Tem sempre quem os defenda e quem os ataque. Antes de mais nada, é importante entender o que são e o que a ciência tem a dizer sobre eles.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os agrotóxicos são produtos utilizados para combater pragas e doenças nos alimentos, preservando-os de micro-organismos nocivos a eles.
Ou seja, no caso de plantações, a ideia é protegê-las do ataque de pragas, por exemplo, permitindo que grãos, legumes e frutas se desenvolvam fortes e saudáveis. Significa que o seu uso correto pode resultar em uma redução de perdas e, consequentemente, na maior oferta de alimentos para o consumidor final.
Muito se fala que, na tentativa de proteger plantas e animais, os agrotóxicos acabam, eles próprios, se tornando perigosos à nossa saúde.
O que acontece, na verdade, é que, sim, eles são considerados um perigo, pois também têm capacidade de provocar danos à saúde humana. Mas nem sempre são um risco para nós.
Isso depende da quantidade e da frequência utilizada e de como consumimos produtos nos quais foram aplicados defensivos agrícolas durante seu cultivo.
Resumindo: o agrotóxico representa um perigo, mas se torna um risco apenas em determinadas situações. Assim, se ele for de boa procedência, e utilizado de forma correta, não tem um grande potencial de danos à saúde.
Cautela e cuidados
Existem limites máximos de uso de defensivos agrícolas permitidos, de acordo com cada alimento. Eles são definidos pela Anvisa e devem ser respeitados pelo produtor.
Por fim, um outro cuidado para que o perigo dos agrotóxicos não se torne um risco para a saúde é dar prioridade a alimentos da época que, em geral, recebem menos quantidade de defensivos agrícolas e a alimentos com a identificação do produtor, que pode indicar o comprometimento dele em relação à qualidade de seus produtos.